Vale a pena comprar Macbook de 2011?

Vale a pena comprar Macbook de 2011?

Publicado em 06/06/2024

TecnologiaAppleMacBook

A melhor alternativa para quem deseja entrar no mundo dos Macbooks, sem desembolsar o valor de um carro para isto, é com certeza o mercado de usados. Porém quando você inicia a pesquisa, nota que as melhores ofertas por volta dos R$ 3.000,00 são de modelos lançados em 2011 (e também 2012). Mas será que vale a pena comprar uma máquina com 10 anos de uso ?

Bom, já vamos lançar aquela resposta padrão para qualquer pergunta complexa: depende (rs). Depende primeiramente da sua aplicação para a máquina. Os Macbooks de 2011 / 2012 apesar de serem produtos topo de linha da sua época, possuem hardware condizente ao seu ano de lançamento, logo, se você pretende usar o notebook para jogar ou renderizar vídeos, com certeza irá se frustrar (aliás, já grava ai, Macbook e jogos não combinam).

Contudo, se você é um estudante (principalmente da área de tecnologia), ou um profissional que precisa realizar múltiplas tarefas e precisa de uma máquina que, além de entregar o desempenho que você precisa, também surpreende pela estética (sim, aquela maçã é um charme), então estamos no caminho certo!

Agora que já sabemos que a proposta não é fazer game play e nem renderizar vídeos em 4K, vamos entender qual das duas linhas de Macs é melhor para você: o Pro ou Air.

Macbook Air

Com o impressionante peso de 1.35 kg, o foco da linha Air é portabilidade. Prova disto foi quando Steave Jobs introduziu a linha Air no tradicional evento anual da Apple em 2008, ele tirou a máquina de dentro de um envelope (mind blowing totaal)!

Reviva este momento histórico

Além da portabilidade, esta linha tem como foco também a autonomia de bateria. Uma bateria nova, possui um tempo estimado de 7 horas de duração.

Ideal para estudantes, professores, vendedores, consultores ou para quem viaja muito a trabalho e utiliza a máquina para leitura de emails, conferências e manipulação de arquivos (planilhas, textos, etc). Você vai colocá-lo na mochila e nem vai perceber que ele está lá.

Porém, portabilidade tem um preço: performance. Tentar realizar tarefas pesadas com estas máquinas pode ser frustrante, pois seus processadores eram de baixa voltagem (justamente para economia de bateria) e seu sistema de resfriamento foi sacrificado para que fosse o mais portátil possível.

Macbook Pro

Já a linha Pro de Macbooks é voltada para o público profissional, que exige mais da máquina e precisa de performance na execução de múltiplas tarefas. Pesando por volta de 2.04 kg nos modelos de 13 polegadas e 2.54 nos de 15 polegadas (sem contar o carregador, é claro) aqui já não temos a mesma portabilidade de um Air, mas mesmo para os parâmetros atuais, continua sendo bem portátil.

Na linha Pro, encontramos versões com processador i7 e até 16Gb de RAM, o que se traduz em uma excelente plataforma de trabalho, seja você um programador, designer ou até videomaker (lembrando que 4K força a barra, rs). E para complementar este poder de fogo, adicione um SSD e então teremos uma máquina que faz bonito e deixa muito notebook contemporâneo no chinelo.

Outro ponto relevante da linha Pro são as opções de tela, onde podemos escolher o de 13 polegadas com resolução nativa de 1280×800 ou de 15 polegadas com resolução de 1440×900 (existe um modelo mosca branca com tela de 17 polegadas também).

Nem só de hardware é feito um Macbook

Se compararmos de maneira direta, no mercado de usados, notebooks com as mesmas configurações de um Mac, de cara encontramos preços inferiores. Então se podemos comprar a mesma configuração por um valor menor, porque comprar um Macbook ? (foi o que pensei quando comprei o primeiro)

Qualidade de Construção

A qualidade de construção de um Mac de 2011 encontra poucos concorrentes até os dias de hoje. Seu corpo em metal, alinhado a um design simples (mas muito elegante) além de criar uma assinatura única para a máquina (você bate o olho e nem precisa ver a maçã pra saber que é um Mac), também eleva o produto ao status de premium.

Macbook Pro 2011 aberto

E a qualidade da construção não está somente por fora, mas também por dentro. Basta abrir a tampa traseira para ver que, cada centavo foi bem gasto, pois tudo está perfeitamente alinhado e não houve economia nos componentes utilizados.

Teclado

Quem trabalha o dia todo usando o teclado do notebook e nunca usou um Mac, quando experimenta pela primeira vez pode até achar estranho no início, mas em poucos minutos você começa a se perguntar como conseguiu viver sem aquele teclado a vida toda, rs.

Sério, não tem comparação. Além de serem retroiluminados (pense que estamos falando de uma máquina lançada a 10 anos atrás), são agradáveis ao toque praticamente não se desgastam.

Tela

Outro gol de placa da Apple, é a tela. Mesmo não tendo a famosa tela de Retina, os Macs de 2011 possuem uma tela de alta qualidade, dificilmente encontrada em notebooks vendidos até os dias de hoje (mesmo os que possuem a tecnologia IPS).

Possibilidade de Upgrades

Em 2011 a Apple estava “boazinha”, e ainda deixava a possibilidade de upgrade de HD e RAM para seus notebooks (isto se estendeu até 2012) . Então, caso você encontre em sua pesquisa um Macbook com preço atrativo mas com apenas 4 Gb de RAM, fique tranquilo que é possível ampliar até 16 Gb posteriormente.

Outro upgrade bem comum é a substituição do drive de CD (quem usa CD hoje em dia !?) por um caddy, que permite adicionar um segundo HD ao seu Mac. Logo, podemos fazer aquela famosa dobradinha colocando o SSD para rodar o sistema e abrir os programas mais rapidamente, e o HD para armazenar arquivos (como as fotos daquele churras do final de semana).

Pontos de Alerta

Claro que nem tudo são flores. Os Macbooks de 15 e 17 polegadas de 2011 (especificamente) vieram com um problema crônico de superaquecimento da placa de vídeo dedicada, o que faz com que a solda entre o chip e a placa mãe derreta, causando falhas ou até perdendo totalmente o sinal de vídeo.

Para contornar isto, existem basicamente duas formas:

  • a) Refazer a solda
    O que não recomendo, pois além de ser um processo caro e com poucos profissionais capacitados a fazer, é uma solução que tem prazo de validade, afinal o problema é crônico.
  • b) Desabilitar a GPU dedicada (via software)
    Através deste procedimento, é possível contornar o uso da placa de vídeo dedicada e utilizar somente a integrada. Esta solução é permanente (enquanto você não formatar, claro), porém você não poderá mais utilizar monitores externos com o seu Mac, que para mim não vale a pena.

Existe também a possibilidade de desfazer a solda da GPU na placa mãe, desabilitando permanentemente a placa de vídeo dedicada, porém, mais uma vez não recomendo por ser um trabalho caro e que, no final das contas, só joga a sujeira para debaixo do tapete.

Mas então não vale a pena comprar o modelo de 15 de 2011 ? Vale sim! Desde que você tenha ciência desses poréns. Além disto, estes problemas são precificados, deixando a máquina mais barata.

Outro ponto de alerta é que, os Macbooks lançados em 2011 já não recebem mais a atualização oficial da Apple, porém isto é totalmente contornável através do DosDude.

Considerações finais

Se você pulou o post todo para ler o resumo, você é um filh… Brincadeira ! Vou poupar seu tempo ! Mas se você leu tudo até aqui, parabéns e obrigado pela moral !

Em resumo, se a sua proposta de uso não envolve jogar ou renderizar vídeos em 4K, tendo em vista a qualidade de construção dos Macs (fala aí, quantos notebooks da Dell, Acer, HP ou até Thinkpad lançados em 2011 você já viu a venda em bom estado de conservação?), vale muuuuito a pena comprar um Macbook de 2011 ainda em 2021 !

É uma máquina que não deixa a desejar em questão de performance, é bonita (prova do design a frente do seu tempo), tem uma construção robusta e com certeza vai servir muito bem por mais uns 3 a 5 anos (até mais, possivelmente).

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